O Vaticano afirma: “Naturalmente tais informações refletem as percepções e as opiniões daqueles que as redigiram e não podem ser consideradas expressões da Santa Sé nem citações precisas citações das palavras de pessoas que trabalham nos seus organismos. A sua credibilidade deve ser vista com reserva e com muita prudência, levando em conta tais circunstancias”.
O problema das fontes é um assunto sério no âmbito jornalístico. O mundo está vivendo uma novela ética e política sobre o direito de crônaca e sobre o direito de informação com as declarações veiculadas por Wikileaks que dessa vez não perdoou nem o Vaticano.
O Globo para usar um argumento de autoridade, basea-se no Guardian, jornal inglês, que por vez se baseia no Wikileaks que por sua vez publica “opiniões” de alguns americanos: “Vaticano impediu o processo dos casos de abusos sexuais na Irlanda”. Uma opinião que se transformou numa afirmação categórica. .
Uma dica para ajudar na leitura das notícias: verifique “a fonte”. Qual é a fonte? A fonte é de confiança e conhece o assunto? A fonte diz a verdade? A fonte é imparcial, a favor ou contra?
Enfim, O Globo usa um argumento de autoridade e faz uma confusão em relação à fonte. Além disso, faz uma injustiça: não publica a declaração do Vaticano. Eis um exemplo de uma notícia com uma única face. O Globo tem excelentes jornalistas, creio que poderia trabalhar com mais profissionalidade.
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